Portal São Bento do Una - Orlando Calado - E as bombas da maratona de Boston?

Colunas

Cidade

Regional

Navegando: Indisponível

Coluna 203: E as bombas da maratona de Boston?

Publicada dia 26 de Abril de 2013

E as bombas da maratona de Boston?

Os artefatos rudimentares, lançados no fim da maratona de Boston, continham pregos, parafusos, porcas, rolimãs e pedaços de ferro e outros metais, acondicionados em velhas panelas de pressão. Barbárie pura. Coisa de amadores.

Bem sabemos que o país chamado de Estados Unidos da América sempre foi belicoso, imperialista e dono dos sete mares, seguindo os dominadores passos da mãe, a Inglaterra.
Lá, nos Estados Unidos, todo mundo pode ter arma de fogo das mais potentes e destruidoras. É uma cláusula pétrea para eles e está na constituição. Os norte-americanos se metem em todas as partes do mundo. Depois da derrocada da União Soviética, em 1991, esperávamos que a sede imperialista e capitalista do Grande Irmão do Norte tornasse mais amena e digerível para o resto do mundo. Mas, não. Estão ao lado dos judeus que são os grandes investidores do país e mantenedores do Estado de Israel. Por isso, os norte-americanos têm a desconfiança dos muçulmanos porque protegem os judeus e, por outro lado, destroem a esperança dos palestinos de ter seu Estado devidamente instalado para que a paz no Oriente seja efetiva e duradoura.

A Segunda Guerra Mundial terminou em 8 de maio de 1945. Até hoje, os norte-americanos mantém grandes contingentes de tropas estacionados na Alemanha e Japão. Para manter todo esse efetivo militar, bases e esquadras navais ao redor do mundo a despesa é imensa. Estão quase falidos e devendo a Deus e ao mundo. Suas guitarras não param de trabalhar, inundando o Planeta com os seus dólares, emitidos sem nenhum lastro que possa garantir sua convertibilidade em ouro. O mundo todo aceita sua moeda como padrão internacional e isso pode ser perigoso, haja vista que a dívida pública norte-americana caminha está no patamar de 17 trilhões de dólares, superando assim o seu Produto Interno Bruto (PIB) anual em mais de 7%.

A indústria de armas dos Estados Unidos é poderosa e para ela a paz não é bom negócio. Por isso, o país deve manter tropas estacionadas em várias partes do Globo, além de fomentar guerras na Afeganistão, no Iraque, no Paquistão. Como consequência dessa política, tivemos o ataque de 11 de setembro de 2001 ao país que antes se considerava uma cidadela inexpugnável, protegida por dois oceanos. Os norte-americanos nunca foram pacifistas. O capitalismo norte-americano apoiou todas as ditaduras latino-americanas ao tempo da guerra fria sob o pretexto, nunca revelado, de evitar o aparecimento de regimes comunistas a exemplo do da ilha de Cuba.

Com a dissolução da União Soviética entre 1990 e 1991, os norte-americanos se tornaram senhores absolutos e sem competidores à altura do seu poderio industrial-militar. Fazem e desfazem e não cumprem as resoluções da ONU quando vão contra seus interesses políticos ou econômicos. Então, só se pode esperar por atos terroristas e covardes por parte dos inimigos da Grande Nação do Norte.
A indústria da morte norte-americana está aí e destruindo vez por outra inocentes, principalmente crianças professores em plena sala de aula. Em nome da liberdade de expressão, tolera-se a indústria cinematográfica. Os filmes que o país produz é sempre sobre guerra. Guerra nas estrelas. Guerra atômica. Guerra entre planetas. E o mundo todo engole e aplaude essas obras que nada acrescentam ao nosso espírito, porquanto são portadoras de uma mensagem de morte e de destruição. Seus estúdios fabricam um monte de super-heróis fajutos e tidos quase como se fossem pessoas de carne e osso e, por isso, cultuados. Então, infelizmente, muita coisa de ruim ainda vai acontecer por aquelas bandas. Não é preciso ser profeta para afirmar isso. O fundamentalismo religioso é o perigo maior, muito maior que uma possível bomba nuclear do Iran ou da Coreia do Norte. Os que têm bombas não querem destruir seu arsenal, mas também não querem que outros países tenham essa arma mortífera de destruição imprevisível.
Depois que obtiveram a independência do jugo britânico, tanto a Índia como seu vizinho Paquistão começaram a ter problemas de demarcação de fronteiras e de conflitos religiosos. A Índia conseguiu desenvolver um artefato nuclear. O Paquistão, então, se viu ameaçado pelo vizinho gigante e poderoso. O remédio que o Paquistão encontrou foi desenvolver pesquisas, além de conseguir de outro país a transferência de tecnologia para fabricar sua bomba atômica. A partir do momento em que o mundo teve conhecimento de que o Paquistão dominara o ciclo nuclear, a paz no sul da Ásia se tornou efetiva, com os vizinhos Índia e Paquistão se respeitando.

No caso do Oriente Médio, dizem que o Iran está desenvolvendo um artefato nuclear. É consabido que Israel já tem sua bomba embora ainda não faça parte formal do terrível "Clube Atômico". Como o Iran e Israel são inimigos por questões religiosas e políticas, é provável que a bomba nuclear iraniana seja o fator preponderante para a paz na região. Aconteceria o mesmo que aconteceu com a Índia e com o Paquistão. E a paz seria possível na região com os palestinos conquistando suas terras ocupadas por Israel, em 1967, na Guerra dos Seis Dias, mas, para tanto, é necessário que a indústria bélica das grandes potências deixe de fomentar conflitos nas diversas partes do mundo e passe a fabricar coisas que não matem nem destruam.
A paz é possível. Resolvendo o problema do Oriente e de seus conflitos, a nação norte-americana poderia dormir em paz e sem ataques terroristas como o de Boston, acontecido na segunda-feira, 15 de abril de 2013.

Pau Amarelo PE 17 de abril de 2013

P.S.: Os Estados Unidos nunca foram um povo pacifista. O capitalismo norte-americano apoiou todas as ditaduras latino-americanas ao tempo da guerra fria sob o pretexto, nunca dantes revelado, do aparecimento de regimes comunistas a exemplo da ilha de Cuba. Com o fracasso da União Soviética entre 1990 e 1991, os norte-americanos se tornaram absolutos e sem competidores. Fazem e desfazem o que bem entendem e não cumprem as resoluções da ONU quando vão contra seus interesses políticos ou econômicos. Então, infelizmente, só se pode esperar por atos terroristas e covardes por parte dos inimigos da Grande Nação do hemisfério do Norte.

Pau Amarelo PE 26 de abril de 2013

Orlando Calado é bacharel em direito.

Colunas anteriores: