Coluna 207: Registro histórico da posse de Gilvan Lemos na APL |
Publicada dia 06 de Junho de 2013 |
Numa belíssima e concorrida sessão, assinalada pela emoção,ocorrida na tarde-noite de 27 de fevereiro de 2012, o nosso conterrâneo, Gilvan de Souza Lemos,tomou posse como sócio efetivo da Academia Pernambucana de Letras (APL) na cadeira de n° 26,eleito que fora em 21 de novembro de 2011. A cadeira teve como patrono João Batista Regueira Costa (1845-1915), tendo sido ocupada posteriormente por Nestor Diógenes da Silva Melo (1932), Carlos Martins Moreira (1972) e Maria Estefânia Nogueira (1994).
Na ocasião, por se encontrar hospitalizado, vítima que fora de uma tombo em seu apartamento no centro do Recife, nosso festejado romancista foi representado por sua sobrinha,Lívia Lemos Valença.
A oração inaugural de Gilvan Lemos foi proferida pelo seu colega Frederico Pernambucano de Melo, sendo vivamente aplaudido pelos presentes, especialmente quando criticou o atual estado de coisas pelo qual passa a literatura brasileira e a total predominância de escritores estrangeiros na lista dos livros mais vendidos no Brasil.
Gilvan sofrera o acidente na segunda-feira de carnaval (de 2012) e permaneceu hospitalizado em razão de uma torção no tornozelo e sua recuperação foi lenta em razão de ser diabético. Apareceram algumas bolhas na perna, porém não foi preciso passar por cirurgia.
A cerimônia de posse foi marcada pela emoção e pelo reconhecimento do valor e do mérito, ainda que tardio, de Gilvan seja como romancista na preferência de muitos, seja como contista na preferência de outros.
A entrada de Gilvan Lemos na casa de Joaquim Maria Carneiro Vilela é um prêmio à sua grande obra de ficcionista, considerado um dos melhores no atual panorama literário. A eleição, por unanimidade, quando obteve os 33 votos, foi fruto do empenho da acadêmica Fátima Quintas e de outros colegas que o "convocaram" a assumir o lugar que há mais de trinta anos seria seu por merecimento e justiça.
Registre-se que, na sessão de posse, usaram a palavra enaltecendo os méritos e o obra de Gilvan Lemos os acadêmicos: Abdias Moura, José de Souza Alencar, Rostand Paraíso, Lucilo Varejão Neto e o desembargador Nivaldo Mulatinho que, segundo a escritora Fátima Quintas, presidenta da APL, é o maior conhecedor da obra gilvaniana.
São Bento do Una está de parabéns.
Um seu segundo filho passou a integrar o mais alto sodalício pernambucano, Gilvan de Souza Lemos, nascido em 1° de julho de 1928.
O primeiro foi Zeferino Cândido Galvão Filho, nascido na fazenda Ingá em 9 de maio de 1864 e falecido no Recife no dia 1° de fevereiro de 1924 e, por questões geográficas, mais ligado à nossa vizinha Pesqueira naqueles tempos de caminhos precários.
A cidade São Bento do Una, o Estado de Pernambuco e o Brasil estão de parabéns.
A justiça, embora tardia, foi feita.
E a Academia Pernambucana de Letras está enriquecida.
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