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Coluna 73: "Eu vi o mundo... Ele começava no Recife"
Publicada dia 17 de Março de 2007

"Eu vi o mundo... Ele começava no Recife"

Pernambuco, através de seus jornais diários, prestou significativa homenagem ao pintor Cícero dos Santos Dias (1907-2003), por ocasião do centenário do seu nascimento, ocorrido em 5 de março de 2007, publicando fatos biográficos e reproduzindo as mais famosas gravuras do notável artista plástico. Nesse ponto, podemos dizer que a data não passou em brancas nuvens. No tocante a iniciativas governamentais, não vimos nada que viesse enaltecer a figura humana e talentosa que foi o velho Cícero. Lamenta-se, pois, a priori a falta de qualquer programação partida da Prefeitura do Recife. Do governo de Pernambuco, dias depois da efeméride, anunciou-se a criação de um espaço cultural na Secretaria de Fazenda de Pernambuco, situada na Rua do Imperador, onde existem murais desenhados, sendo que seis deles foram recuperados pelo próprio Cícero Dias, anos depois de as obras terem sido praticamente destruídas pela incúria e pela falta de tato dos responsáveis irresponsáveis que não avaliaram o valor da obra. Cícero Dias conseguiu resgatar parte do seu trabalho, com seus finos traços, encoberto que estava por camadas de massa corrida e de tinta. Infelizmente, de todos os painéis, apenas três não puderam ser recuperados e o que é mais grave: não havia documentação fotográfica da obra perdida, enaltecendo os feitos do povo de Pernambuco através dos séculos.

Em outras mídias, especialmente em termos de rádios e televisão, não se viu absolutamente nada enaltecendo a figura ímpar desse fenomenal artista plástico. No Sudeste, a “Globo News” apresentou um excelente programa, com depoimentos de especialistas, entre eles o poeta e crítico de arte Ferreira Gullar (1930) e vários trechos de diferentes épocas onde o pintor aparece explicando a sua pintura e as diversas fases pelas quais ela passou. Há um momento em que o fenomenal Chico Buarque de Holanda (1944) canta, com o coração, a bela canção de Lourenço da Fonseca Barbosa, dito Capiba (1904-1997), chamada “Recife, cidade lendária”. Emocionante! Nós, ao homenagearmos essa figura exponencial das belas artes do Brasil e do mundo, queremos, antes de tudo dizer alguma coisa a respeito desse singular homem, especialmente para os nossos conterrâneos e amigos espalhados pelo Brasil e pelo mundo.

Cícero Dias nasceu no município de Escada, na mata do Sul de Pernambuco, distante 53 quilômetros da capital. Descendente da elite rural pernambucana, Cícero era, pelo lado materno, neto do barão de Contendas, vice-governador, que esteve à frente do governo de Pernambuco nos tumultuados anos iniciais da república brasileira. Era um menino irrequieto que logo se apaixonou pelo verde do canavial que cobria o Engenho Jundiá Grande, onde viveu até os 13 anos de idade, seguindo, no início da década de 1920, para a então capital da República onde foi matriculado no tradicional Colégio de São Bento. Lá, bem orientado pelos frades beneditinos, foi um freqüentador assíduo da biblioteca do colégio, desenvolvendo, nas horas vagas, o salutar hábito da leitura, porém sem nunca abandonar o hábito de desenhar, mormente nas enfadonhas aulas de latim. Após o curso preparatório, terminado aos dezoito anos, matriculou-se na Escola de Arquitetura e, passados três anos de estudos, sentiu que sua vocação não era para a arquitetura, mas sim para a pintura. As influências de uma tia que gostava de desenhar e pintar aquarelas, bem como as cores vivas do canavial do Engenho Jundiá Grande foram fatores decisivos para que o jovem abandonasse a faculdade para trocá-la por um atelier onde pudesse expressar seus sentimentos artísticos em painéis e telas.

“Eu vi o mundo... Ele começava no Recife” é o título da mais famosa obra de Cícero, iniciada quando ele tinha menos de 20 anos de idade. Trata-se, pois, de um painel que levou quase três anos para ser concluído, isto é, entre 1926 e 1929 no bairro de Santa Teresa, reduto de artistas da então capital da República. Neste painel, o pintor colocou toda sua genialidade e originalidade, descrevendo a vida da grande cidade e do campo. A obra foi exposta pela primeira vez no salão da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, causando a melhor das impressões e porque não dizer espanto e admiração. Trata-se, pois, de uma obra de grande dimensão, em técnica mista, medindo 2 metros por 15 metros. O painel “Eu vi o mundo...” faz parte do acervo particular de um colecionador da cidade do Rio de Janeiro e nunca foi exposto no Recife.

Cícero, um cidadão do mundo, tendo vivido mais de sessenta anos em Paris, onde desfrutou da amizade e do carinho do mestre maior Pablo Picasso (1881-1973), seu compadre, bem como de outros intelectuais e artistas da Europa ocidental. Aqui, no Brasil, era amigo de Gilberto Freire (1900-1987), autor de uma das obras fundamentais para se compreender o Brasil: “Casa Grande & Senzala” (1933), cujas ilustrações foram feitas pelo genial Cícero Dias. Esta obra logo transpôs as fronteiras brasileiras, sendo publicada em vários países, entre os quais Argentina, Estados Unidos, Venezuela, França, Portugal, Alemanha, Itália. Anos depois, em 1948, Gilberto Freire, em Paris, escreveu o texto “Presença de Cícero”, do qual destacamos o seguinte: “Há mais de 20 anos, Cícero Dias e eu nos aproximamos para nunca mais deixarmos de ser companheiros da mesma aventura: a de procurarmos chegar ao universal através do regional”. Mário Hélio Gomes, biógrafo do pintor, assim se expressou em “Todos os motivos de Cícero Dias”, escrito para o catálogo da exposição realizada em 2006 no Museu Niemeyer de Curitiba: “A temática dos seus primeiros desenhos e das suas primeiras pinturas está relacionada diretamente com o mesmo ambiente que motivou a obra de Gilberto Freire, José Lins do Rego (1901-1957) e do poeta Ascenso Ferreira (1895-1965). Em suma, ele plasmou em pintura o que os seus colegas regionalistas modernos realizaram na sociologia, no romance e na prosa”. Cícero foi amigo de José Lins do Rego que se inspirou na vida do Engenho Jundiá Grande para escrever a sua obra-prima “Usina” (1936).

O poeta pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968) assim se expressou a propósito da obra do pintor: “Cícero fez pintando o mesmo que fez José Lins do Rego escrevendo: desentranhou a poesia assombrosa dos meninos de engenho. Há muita gente que diz ao olhar as pinturas de Cícero: - Qualquer criança faz isso. É um engano, um erro de quem observa mal os desenhos das crianças”. É uma pena que não possamos reproduzir algumas telas do mestre para ilustrar este artigo. (Nota: Em futuro não muito distante, o webmaster de nosso portal, Efrem Moraes, nos prometeu liberar o acesso de imagens para que possamos melhor ilustrar os nossos simplórios trabalhos).

Na antiga Casa de Detenção do Recife, hoje Casa da Cultura, pode ser admirado o mural pintado em 1981 em óleo sobre tela, da fase pós-abstrata, retratando a saga e o martírio de Frei Caneca (1779-1825) nas revoluções pernambucanas de 1817 e de 1824. Nesta obra, os traços originais do pintor ainda se conservam quase intactos.

A última obra de Cícero Dias para o Recife está exposta a céu aberto na Praça do Marco Zero, mesmo local onde, aos 13 anos de idade, ele embarcou para o Rio de Janeiro a fim de fazer seus estudos preparatórios e arquitetura, que abandonou no terceiro ano pela pintura. Trata-se, pois, de uma originalíssima “Rosa dos ventos”, onde o mestre reuniu elementos astrológicos e geográficos que a diferencia das rosas dos ventos que conhecemos. Um belo trabalho, um trabalho digno de um mestre que adorna o piso da Praça do Marco Zero.

Cícero explicou sua “Rosa dos ventos” em três anéis: o primeiro, divino, representado pelo verde das águas claras de onde se origina o Recife; o segundo, de formas geométricas com as cores fortes típicas da cidade; e o terceiro, do traçado geométrico em que aparecem os nomes dos astros.

Cícero Dias foi um pintor inovador e por isso mesmo passou por várias fases artísticas segundo a catalogação do seu biógrafo Mário Hélio e do galerista Waldir Simões de Assis. Senão, vejamos:

Aquarelas (anos 1920 e 1930) nas quais “o imaginário infantil do engenho onde nasceu se encontra com o espírito de um artista cosmopolita para dar vida a mulheres que sonham, voam e revelam uma mistura de ingenuidade com erotismo”.

Óleo (década de 1930): “Os motivos do engenho e seu colorido esverdeado dão lugar a registros mais urbanos e quase sempre feito em interiores. (...) Em 1937, Cícero parte para Paris, influencia-se por grandes mestres europeus, especialmente Picasso e começa a dar contornos mais cubistas e lúdicos a suas obras. Inicia-se uma fase de transição, que muitos chamam de vegetal”.

Abstração (décadas de 1950, 1960 e 1970): “Na Segunda Guerra, o pintor foi preso e levado para a Alemanha, de onde só saiu quando o governo brasileiro negociou a troca de prisioneiros com os alemães. Depois disso, ele foge da guerra, fixando morada em Lisboa. A partir daí ficam muito claras as mudanças na sua forma de pintar. Tem início a fase abstrata, menos valorizada no Brasil e, ironicamente, a mais valorizada na Europa. Cícero chega à década de 50 pintando somente figuras planas, geralmente paralelogramos, sem deixar de lado sua vocação para colorir. Nessa fase, o azul e o vermelho predominam, assim como sua preocupação com a luz".

Entropias (década de 60): “Cícero conseguia manter fiel às suas raízes até mesmo na fase das entropias, visível na segunda metade da década de 60. (...)".

Figuração lírica (décadas 50/60): “Fase iniciada após os 50 anos do pintor, a figuração lírica é claramente o seu retorno temático aos motivos de cenas regionais, um reencontro com seus primeiros desenhos e pinturas. Escravo da memória, como foi inteligentemente chamado, o pintor transformou apaixonadamente o seu passado em cor. As figuras desses quadros interagem, quase sempre, em pequenos grupos, num espaço que retrata o doméstico, o repouso e a tranqüilidade. (...) Há algo de campestre, mesmo quando o cenário é urbano e, em essência, todas as cenas dessa fase têm como natureza o relato”.

Nova figuração (de 1970 a 1990): “No traço, as pinturas dessa fase parecem dialogar com os primeiros momentos figurativos e ao mesmo tempo com o abstracionismo geométrico de outrora, cumprindo uma espécie de círculo, que perpassa por toda a obra e se mantém fiel, de alguma maneira, às demais fases. Murais e painéis públicos marcam esse período, como a série de painéis de Frei Caneca para a Casa da Cultura, no Recife, e murais para o metrô de São Paulo. (...)”. (Jornal do Commercio de 06/03/2007 – Caderno C).

Cícero Dias, orgulho de Pernambuco, foi um pintor que, apesar de ter vivido mais de 60 anos na Europa, nunca esqueceu sua origem rural nem a sua lendária capital, pois afinal de contas foi no Recife que ele viu que o mundo começava.


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Pau Amarelo PE 17 de março de 2007

Orlando Calado é bacharel em direito.


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Coluna 78 - 21/04/2007 - A Guarda Nacional da Vila e Município de São Bento
Coluna 77 - 14/04/2007 - Fatos & gente são-bentenses das décadas de 1930 e 1940
Coluna 76 - 07/04/2007 - Uma breve visita à nossa querida São Bento do Una
Coluna 75 - 31/03/2007 - Planejamento familiar no Brasil: uma necessidade inadiável
Coluna 74 - 24/03/2007 - Hoje, meio século de uma tragédia são-bentense
Coluna 73 - 17/03/2007 - "Eu vi o mundo... Ele começava no Recife"
Coluna 72 - 10/03/2007 - Reminiscências de um menino de São Bento (7)
Coluna 71 - 03/03/2007 - Um fazendeiro são-bentense do século XIX
Coluna 70 - 24/02/2007 - O Rio de Janeiro será sempre o Rio de Janeiro
Coluna 69 - 17/02/2007 - Gilvan Lemos, simplesmente um escritor
Coluna 68 - 10/02/2007 - A Great Western da minha meninice: uma pequena história
Coluna 67 - 03/02/2007 - A declaração universal dos direitos humanos
Coluna 66 - 27/01/2007 - A revolta da chibata
Coluna 65 - 20/01/2007 - A revolta da vacina
Coluna 64 - 13/01/2007 - Apolônio Sales, um estadista de grande valor
Coluna 63 - 06/01/2007 - 2006: Um ano de saldo positivo apesar do pouco crescimento econômico
Coluna 62 - 30/12/2006 - A "Batalha da Borracha", um episódio esquecido da história do Brasil
Coluna 61 - 23/12/2006 - Alguns suicidas famosos (2/2)
Coluna 60 - 16/12/2006 - Alguns suicidas famosos (1/2)
Coluna 59 - 09/12/2006 - Aumentando os conhecimentos gerais (16)
Coluna 58 - 02/12/2006 - Aumentando os conhecimentos gerais (15)
Coluna 57 - 25/11/2006 - Congresso Nacional perdulário, povo paupérrimo
Coluna 56 - 18/11/2006 - Aumentando os conhecimentos gerais (14)
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Coluna 52 - 30/09/2006 - Modos de falar diferentes no Brasil e em Portugal (2/4)
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Coluna 32 - 01/04/2006 - Brasil, nova potência petrolífera mundial!
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Coluna 29 - 11/03/2006 - Os livros de Sebastião Cintra
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Coluna 27 - 25/02/2006 - O início do resgate da nossa dívida social
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Coluna 24 - 04/02/2006 - Aspectos gerais da lei de responsabilidade fiscal
Coluna 23 - 28/01/2006 - Pernambuco começa a sair da letargia
Coluna 22 - 21/01/2006 - Perfil demográfico no mundo rico
Coluna 21 - 14/01/2006 - Brasil, potência mundial em 2020
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Coluna 19 - 31/12/2005 - Josué Severino, o mestre e a Banda Santa Cecília
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Coluna 17 - 17/12/2005 - Pequenas idéias para o desenvolvimento de São Bento do Una
Coluna 16 - 10/12/2005 - Do Estado pouco ou nada espero
Coluna 15 - 04/12/2005 - A América do Sul e o nazismo
Coluna 14 - 27/11/2005 - A Venezuela bolivariana de hoje
Coluna 13 - 26/11/2005 - Reminiscências de um menino de São Bento (1)
Coluna 12 - 13/11/2005 - A crise argentina
Coluna 11 - 13/11/2005 - A saga de Delmiro Gouveia
Coluna 10 - 10/11/2005 - O velho na legislação brasileira
Coluna 9 - 31/10/2005 - O projeto São Francisco
Coluna 8 - 24/10/2005 - Correio eletrônico, maravilha do nosso tempo
Coluna 7 - 13/10/2005 - Um século sem presidente paulista
Coluna 6 - 09/10/2005 - O Grande Pronome 'Lhe' Morreu!
Coluna 5 - 29/09/2005 - Brasil 2005 - Uma Economia Mais Forte
Coluna 4 - 22/09/2005 - As Vestais da Moralidade Pública
Coluna 3 - 15/09/2005 - Mordomia & Nepotismo
Coluna 2 - 07/09/2005 - Tratamento de Excelência
Coluna 1 - 07/08/2005 - Hiroshima - uma covardia inominável


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